Iniciativa do projeto Horta Social Urbana tem objetivo de transformar a vida de pessoas acolhidas em CTAs e Centros de Acolhida.
Na última quarta-feira (5), a Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade (ARCAH), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, apresentaram o projeto Horta Social Urbana/Cidadão Sustentável no bairro do Jabaquara, Zona Sul da cidade.
A primeira iniciativa do programa, a Horta Escola Lucy Montoro, realizada sem custos para o município, é uma homenagem a Lucy Montoro, que presidiu o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo de 1983 a 1987, período do mandato de seu marido, André Franco Montoro, como governador de São Paulo. Uma das metas de Lucy Montoro era o desenvolvimento de hortas sociais para a capacitação profissional e geração de empregos para pessoas carentes.
Foco na produção orgânica
O projeto Horta Social Urbana/Cidadão Sustentável, que tem apoio de instituições como Fundação Banco do Brasil, Itaú, Eletropaulo e Grupo Pão de Açúcar, promove o desenvolvimento de pessoas em situação de rua, atendidas nos Centros Temporários de Acolhimento (CTAs) e Centros de Acolhida por meio da formação em agricultura urbana, focada na produção de alimentos orgânicos dentro da cidade.
Os módulos aplicados na horta escola contemplam capacitações nas técnicas da permacultura (ocupações humanas sustentáveis, unindo práticas antigas aos conhecimentos mais avançados sobre a área) e da agroecologia (atividade que prioriza a utilização dos recursos naturais).
Também fazem parte da grade, aulas de empreendedorismo e educação financeira. A escolha dos alunos é feita a partir de processo seletivo realizado nos CTAs e Centros de Acolhida.
Hortas comunitárias
Isso é uma oportunidade para a gente sair dessa situação
A ação também contempla a criação de novas hortas sociais em terrenos baldios, telhados de condomínios comerciais e residenciais, além de outros espaços da cidade, ampliando a oferta de alimentos livres de agrotóxicos dentro do município e promovendo geração de renda para a população acolhida.
Edson Luiz, 56 anos, ficou sabendo do curso no serviço de acolhimento em que vive na região da Barra Funda. “Vim para cá pensando que era mais uma oficina, um cursinho. Cheguei aqui e foi totalmente diferente do que imaginei. Isso é uma oportunidade para a gente sair dessa situação. Cuidar da terra é interessante demais”, disse.
As informações são da Prefeitura de São Paulo
Fonte: Ciclo Vivo